Património de Calendário
Igreja Paroquial de S. Julião
Durante o séc. XVI, a Igreja Matriz da Freguesia passou para o local atual, pois o primitivo templo situava-se no Monte S. Miguel-o-Anjo. A sua construção iniciou-se naquela época, mas só foi concluída no século seguinte. A frontaria da Igreja e em pedra, sendo parte dela revestida a azulejo. No cimo da Igreja encontra-se uma cruz com duas pirâmides.
No interior do templo, destaca-se o Altar-Mor, renascentista e a imagem de Cristo Crucificado, e em talha dourada muito trabalhado, fazendo jus ao estilo Barroco. No teto da Capela-Mor, existe uma custódia também em talha dourada e no corpo da Igreja 0 teto “ostenta” uma singela e simples imagem de um santo. Além do altar-mor, existem mais dois altares em madeira trabalhada. Ao fundo, uma pia batismal em granito trabalhado, com a tampa em madeira. A divisão da Capela-Mor do Corpo da Igreja é feita por um arco em granito, com dois anjos.
O cruzeiro desta Igreja é em granito revestido e constituído por uma coluna circular e uma cruz, a base, com três degraus, tem uma placa em mármore com a seguinte inscrição. “Deus e Pátria III Centenário da independência e da Restauração -I- XII-MCMXL”.
Igreja de S. Miguel-o-Anjo
Veio substituir a velha capela que foi construída em 1958 e demolida em 16 de agosto de 2003. Naquele local também existe um cruzeiro, em granito e muito simples, constituído por uma cruz.
Capela de Santa Catarina e Coretos
Recebeu este nome por estar localizada no lugar do mesmo nome. Edificada em granito, possui um pequeno átrio que e suportado por duas colunas, sendo rodeada a Capela por uma serie de sobreiros seculares. 0 seu interior e constituído por um altar em madeira, com a imagem da Santa. Salienta-se a existência de um cruzeiro nesta capela.
Alminhas
Ainda em relação a manifestações de caráter religioso da população de Calendário, existem cinco Alminhas nos lugares de Ribaínho, Barrimau, Bairral, Magida e Sobre Seara. As Alminhas do Ribaínho são constituídas por um nicho em jeito de capela, com uma cruz ao meio e na pirâmide de cada lado. No interior, tem um painel com a imagem de Jesus Cristo e várias imagens de Santos. Por baixo, as Almas do Purgatório.
As Alminhas do Bairral são constituídas por uma pedra grande no alto e em cima, possuindo uma cavidade com uma Santa. As Alminhas de Magida são em granito pintado a azul. No seu interior, existe um painel em azulejo com um Santo.
Penedo da Moura
A plataforma central do Castro alonga-se na direção Leste- Oeste e subdivide-se em três plataformas bem aplanadas, onde se notam algumas pias cavadas no granito do chamado Penedo de Moura.
A muralha exterior do castro é a mais notável de todas e parece terminar a Norte contra o afloramento rochoso que íngreme desce pelo monte abaixo. A intensa exploração das pedreiras e ate mesmo o aparecimento de urbanizações na parte baixa do penedo tem vindo a degradar esta estação arqueológica. Em 1990, através do Decreto de 17 de julho, o Castro de São Miguel foi considerado imóvel de Interesse Publico.
Este Penedo que faz parte do castro existente em S. Miguel-o-Anjo, tem este nome segundo a sabedoria popular ou lenda, existia neste penedo uma moura encantada. A história ter-se-á passado no tempo dos mouros, com um pastor de Fervença que levava as suas vacas para uma bouça do monte de S. Miguel, uma delas habitualmente fugia para o penedo. A lenda começa quando o pastor resolve segui-la e levado pela curiosidade agarra-se ao rabo da vaca e entra numa caverna do penedo.
La dentro, encontra uma quantidade considerável de objetos em aura e outras preciosidades históricas, ficando petrificado e encantado com tal riqueza. Acorda com o serpentear de uma cobra que foi ordenhar leite à vaca. O pastor amedrontado escondeu-se e só quando a cobra desapareceu é que conseguiu sair do penedo com a vaca. Uma saída de muito custo, já que só de gatas e recuando é que conseguiu deixar a caverna. Pelo caminho apareceu-lhe um mouro que ameaçou de o encantar tal como fez a uma moura, transformada em cobra se este lá voltasse.
Casas e Solares
Casa do Castelo – Construída nos indícios deste século e toda em granito, ostentando uma torre que merece visita.
Quinta do Dr. Cerejeira – Situada no Lugar do Fontelo, também em estrutura granítica, “ostenta” algumas partes revestidas a ardósia. Foi recuperada, mantendo ainda um celeiro coberto e varandas.
Quinta da Clara – situada em Fontelo e conta já com cerca de 300 anos. Com paredes dobradas, tem uma escadaria em granito com um corrimão trabalhado. Existe ainda um celeiro antigo coberto de telha nacional.
Museu da Indústria Têxtil
O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave foi fundado em 1987 como um projeto de investigação em arqueologia industrial. Trata-se de um museu arqueológico-industrial que, para além de apresentar uma síntese da evolução histórica da industrialização desta região, expõe uma considerável coleção de máquinas têxteis históricas em funcionamento, permitindo demonstrações do trabalho com as próprias máquinas, ao nível das técnicas de fiação, tecelagem, etc. …
O Museu e um espaço dinâmico, no qual se realizam visitas guiadas, edição regular de publicações (catálogos de exposições, boletim informativo e a revista “Arqueologia Industrial”), exposições, conservação e restauro de equipamentos e maquinaria de interesse arqueológico-industrial, seminários. conferencias e cursos sobre património industrial. Dispõe ainda de um serviço educativo, centro de documentação, biblioteca especializada, loja para venda de publicações, etc.
Centro Social, Cultural e Recreativo Dr. Nuno Simões
O Centro Social e Cultural Dr. Nuno Simões é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que iniciou as suas atividades no mês de outubro de 1975. A sua missão é apoiar as famílias na sua missão educativa, cultural, ocupacional e de proteção dos seus membros, respondendo aos desafios resultantes das mudanças sociais, culturais e económicas. A equipa de trabalho conta com profissionais devidamente qualificados.
Mais informações em http://www.cscdrnunosimoes.org
Centro Social de Calendário
Localizado na rua de S. Julião, o CSC-Centro Social de Calendário é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em 1982. Tem como valências o Centro de Dia, Creche, Jardim de Infância, CATL, Apoio ao domicílio e Lar
Mais informações emhttp://www.cscalendario.com
Património de Vila Nova de Famalicão
Marco Miliário do Vinhal
Junto da Casa do Vinhal, localiza-se um fragmento do Marco Miliário, que pertenceu certamente à via romana que ligava as cidades de Bracara Augusta (Braga), Cale (Porto) e Olisipo (Lisboa).
Casa do Vinhal
Trata-se de uma edificação do século XVIII, com intensas intervenções de restauro efetuadas no século XIX. Conserva, no entanto, o seu carácter, em parte graças à harmoniosa escadaria pedra, que tem ao meio uma passagem para o piso térreo. O andar nobre é rasgado por dez janelas de cabeceira alta. A capela, que foi igualmente restaurada, possui um belo altar de talha e os seus jardins são barrocos. Trata-se de um claro exemplo da tendência barroca de situar a casa num local elevado.
Igreja Matriz Velha
A Igreja Matriz Velha nasceu de fusão de dois templos: a Capela de Santa Maria Madelena, lugar de culto da antiga Paróquia de Santa Maria Madalena de Vila Nova, e a Capela do Santíssimo Sacramento, edificada em 1540. Para que tivesse uma área coberta capaz de satisfazer as necessidades, foi objeto de diversas ampliações e restauros. No final do século XVI, houve a construção de um arco e em 1586 houve a colocação de dois arcos, que fundiram os dois templos. Em 1702 e 1703, houve grandes obras, nomeadamente a construção da torre sineira. No início do século XX, foi feita uma reconstrução profunda, marcada pela reabilitação da torre, concluída em 1925.
Capela de Nossa Senhora de Lapa
A Capela foi construída nos anos 70 do século XVI sob a invocação de Santo Sebastião, tendo posteriormente sido dedicada a Nossa Senhora da Lapa. No mesmo edifício, encontra-se o Museu de Arte Sacra que entre as peças mais valiosas possui um retábulo, formado por talha dourada e marmoreados, uma imagem de Nossa Senhora da Lapa, em madeira de meados do século XVII, uma custódia do séc. XVIII, em metal dourado, constituída por cálice e hostensório, entre outras.
Edifício da Lapa
Este edifício foi construído para acolher o Hospital da Misericórdia. A primeira pedra foi colocada em 1874 e foi inaugurada em 1878. O Hospital funcionou no edifício até 1964, ano da inauguração do atual Hospital. Em 1969, passou a albergar a Secção do Liceu Nacional Sá de Miranda (Braga), posteriormente Liceu Nacional de Vila Nova de Famalicão e Escola Secundária Camilo Castelo Branco. A partir de 1989, passou a ser a sede da Universidade Lusíada.
Edifício da Casa da Cultura
Trata-se de um dos edifícios historicamente mais significativos de Vila Nova de Famalicão. Em 1837, foram instalados aí os Paços do Concelho, depois de terem funcionado na Casa do Paço. Com o crescente surto urbano, o edifício deixou de corresponder às necessidades do Município. A partir da construção dos novos Paços do Concelho, em 1880, o edifício teve diversas utilizações, nomeadamente as de Cadeia e de Albergue. No início da década de 1980 foi objeto de restauro. Atualmente, os antigos Paços do Concelho são a sede dos Departamentos de Cultura e Turismo e de Educação e Desporto e o Gabinete das freguesias do Município.
Paços do Concelho
Da autoria do Arquiteto Januário Godinho, o atual edifício dos Paços do Concelho, o ex-líbris da cidade e do concelho, foi inaugurado em 11 de Junho de 1961. A sua construção foi feita na sequência de um incêndio, ocorrido em 1952, que destruiu completamente o antigo edifício dos Paços do Concelho, construído em 1880.
Palacete Barão da Trovisqueira
O palacete Barão da Trovisqueira foi mandado construir por José Francisco da Cruz Trovisqueira na segunda metade do século XIX, depois de regressar do Brasil para onde tinha emigrado. Depois de se fixar definitivamente em Portugal, desenvolveu vários projetos empresariais. Em 1864 foi-lhe concedido o título de Barão. No palacete, cuja construção ficou concluída em 1857, o Barão de Trovisqueira recebeu o rei D. Pedro V e, anos mais tarde, o rei D. Luís I e a rainha D. maria Pia. O imóvel foi ocupado para os mais variados fins: Escola Comercial e Industrial, em 1957, Tribunal de Vila Nova de Famalicão em finais dos anos sessenta, servindo ainda para a instalação de diversos serviços. A 30 de setembro de 1988 a Câmara Municipal comprou o palacete, tendo posteriormente decidido aí instalar o Museu Bernardino Machado, dignificando assim a memória do ilustre estadista.
Monumento aos Mortos da Grande Guerra
A construção do Monumento aos Mortos da grande Guerra foi decidida na sequência do final da I Guerra Mundial. No âmbito da construção do monumento, foi criada a atual Praça 9 de abril, resultado da reabilitação urbanística do antigo Largo da mota. O monumento foi inaugurado em 9 de abril de 1924.
Capela de Santo Adrião
A capela de Santo Adrião tem um retábulo que remonta ao século XVI, embora as primeiras referências históricas à Paróquia de Santo Adrião sejam do início do século XIV. O edifício da capela foi transferido na década de 1870, como resultado da construção da via-férrea.